Na base dos bandidos, Mike cuidava da bala que estava em seu pé, quando outro bandido vem e lhe pergunta:
_Quantos conseguimos com o seqüestro?
_$40000.
_Legal! Então já foi metade do necessário.
_Nem a pau. Quero $20000, pois tomei um tiro, além de comandar tudo.
_O dinheiro, sempre é dividido no final!
Mike pega o bandido, o levanta pelo colarinho e diz:
_Metade do dinheiro de ontem é meu!
_Sem essa, não tenho medo de você.
_Vou repetir: Metade do dinheiro de ontem é M-E-U!
_Não vamos lhe dar dinheiro algum. Só Stephen faz isso!
_Cara, ou você me dá o dinheiro, ou eu te mato.
_Eu quero ver.
Mike pega sua arma e coloca ela encostada na cabeça do bandido. No mesmo instante o bandido implora:
_Não me mate! Não me mate! Te dou o dinheiro.
_Certo, quero vê-lo em minha mão o mais rápido o possível.
_Mas... Mas ninguém pode saber.
_Então não deixe ninguém vê.
_Certo, mas se verem...
_Se verem você é o culpado. Deu o dinheiro porque eu disse que tinha informações.
_Ok, aceito, mas e se...
_Não quero saber de suposições. Se verem, você é o culpado, sem se’s.
Pouco tempo depois o bandido dá o dinheiro a Mike sem ninguém ver. E então Mike diz ao bandido:
_Guarde esse dinheiro, não posso pegá-lo. Todos viram quanto ganhamos, se perceberem que está faltando $20000, vão nos matar.
_Mas então não vai pegar dinheiro algum?
_Claro que vou! Você vai ralar sozinho para me pagar.
_Eu? Mas eu não tenho nada a ver...
Mike o pega de novo pelo colarinho e diz:
_Sim, você.
_Tá certo, até quando posso te pagar?
_Até amanhã de manhã.
_Mas...
_Mas nada. Agora não quero te ver antes disso.
Meia-hora depois Mike vai até a sala onde todos estão e diz:
_Temos mais três dias para conseguir metade do dinheiro.
_Então vamos._diz um bandido.
_Não. Vocês vão. Eu já fiz muito nessa semana.
_Mas trabalhamos juntos até a morte.
_Calem a boca! Eu não quero saber! Eu me sacrifiquei nesses quatro dias para conseguir dinheiro. Conseguimos $52000. Na última semana conseguiram isso em sete dias.
_Tá certo, mas Stephen vai saber disso.
_Não vai! E se alguém contar, morre!
Assim Mike consegue que todos saiam da base dos bandidos e ele espera pela chegada de Stephen. Horas e horas e nada da chegada dele. “Deve estar bebendo.” Pensava ele, sozinho na enorme casa.
Ele até pensou algumas vezes em roubar algum dinheiro e voltar a Sabindalavia dizendo que Stephen Andersin estava morto, mas depois de tanto tempo, quem iria acreditar?
Até que, quando o sono e a fome batiam, um barulho de chaves na porta começou. Mike, mesmo tendo quase certeza de que era Stephen, pegou sua arma e se escondeu. Ele ficou escondido, totalmente alerta a cada centímetro que a porta mexia. Por sorte, era Stephen.
O homem, totalmente bêbado, mal parava em pé. Não sabia como conseguira acertar a chave no buraco da fechadura. Ele foi ajudar, mas Stephen pegou sua arma e atirou, pois não havia de ter ninguém ali.
Por sorte, o tiro pegou de raspão no braço de Mike. Mas ele não desistiu, levou o velho homem bêbado até o sofá e sentou-se ao lado dele. Disse:
_Está em condições de conversar?
_Claro! Eu estou bem, não sei por que as pessoas insistem em dizer que estou bêbado. Nunca me senti melhor.
_Mas não sei se poderá falar sobre o assunto que quero.
_Vá lá, rapaz. Fale logo.
_Espere, o senhor está di...
_Me chame de você.
_???
_Estou cansado de bancar “O Poderoso Chefão”.
_Entendo, então você...
_Não... te dou o cargo.
_Não quero seu cargo. Preciso de você ajudando a polícia de Sabindalavia... Mas espere, você entrou totalmente bêbado aqui.
_Hahaha. Você acreditou? Nunca me achei um bom ator.
_Mas por que fingiu?
_Os negócios me procuram por todo lado, tenho de fingir que estou bêbado.
_Não entendo... Mas vamos voltar ao assunto. Eu sou dá polícia de Sabindalavia onde estão acontecendo muitos crimes, e preciso de você nos ajudando.
_Eu? O que querem que eu faça?
_Você sempre foi um gênio dos crimes.
_Não, apenas banquei o tal. Sou só uma máscara para o verdadeiro Chefão da “Máfia do Oeste”.
_Máfia do oeste? O que é isso?
_Te explico depois.
_Então aceita nos ajudar?
_Claro. Só não garanto nada a vocês.
_Mesmo assim obrigado.
_Não tem de que.
_Então partiremos amanhã.
_Não. Espere... Tenho algo para fazermos antes de irmos.
_O que?
_Lá no porão. Precisamos acabar com o crime por aqui.
_Como assim?
_Tenho C4 suficiente para destruir Floridea inteira.
_Mas...
_Não, vou explodir apenas essa casa, no momento que a porta principal for fechada pela segunda vez.
_Certo. A segunda vez vai ser quando eles entrarem?
_Isso mesmo. Vai ser o fim dessa gangue.
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